Pra começar... (preparem os lencinhos)
Terrible Two x Amor incondicional
Desde que Laura nasceu ouvia o termo terrible two e ficava imaginando o que seria aquilo, mas torcendo - haja visto que terrible não soa nada agradável - que isto não acontecesse conosco.
O que muita gente acha é que os chiliques e birras são exceções; mas pelo que tenho acompanhado nos blogs, nas casas das famílias que têm crianças nesta faixa etária isto tem sido - infelizmente - a regra.
Laura fez dois anos e não percebemos mudanças bruscas no seu comportamento, pois desde que ela nasceu já mostrava a que tinha vindo; personalidade fortíssima que e só quem convive dia e noite com ela pra entender sobre o que estou escrevendo.
Entretanto, mal sabíamos que estas crises começariam em breve.
Percebemos então que ela começou a contrariar tudo e todos; e não éra apenas dizer não... se fosse assim tão simples!!! Foram chutes, tapas, gritos, puxões de cabelo, "mergulhos" nos chãos da vida, sapateados, coisas atiradas ao longe e um infindo roll que toda mãe conhece.
Desde que esta fase começou busquei leituras que me ajudassem a entender o comportamento dela e também pra que eu soubesse como agir nestas horas nunca agendadas rsrsrs.
Tentamos aplicar tudo que achamos conveniente pra que os confrontos, diga-se guerras, não se instalassem sem momento pra acabar. É bem verdade que também permitimos que ela, quando possível, fizesse suas escolhas e nem assim o chilique era evitado. Aí falam: deve estar com fome, cansada, com alguma dorzinha, blá, blá, blá... certo é que ninguém, além dela mesma - que também não sabe dizer o porquê - poderia explicar o que a leva a tamanho nervosismo.
Outro dia cheguei pensar em filmar, porque não é todo mundo que acredita no que uma criança que - em geral - se comporta bem possa dar "chiliques" dignos de cinema. Mas nunca consegui porque estas cenas foram sempre imprevisíveis.
Sempre depois das birras e dos confrontos me sinto um nada. Sinto que sou intolerante, impaciente, que faço tudo errado e depois de ver o vídeo acima vejo que, apesar de tudo, estou no caminho certo. Que tenho meus defeitos, mas minha filha também tem os dela e a gente se ama assim mesmo. Que não importa como nos comportemos a gente se ama desde sempre e isto não vai mudar.
Então, não há birra, chilique, "mergulhos", etc que arranquem do coração de uma mãe o amor incondicional e inato a ela. A gente respira fundo e vai... vai dando carinho, conversando, ensinando, chorando junto, mas vai...
Foram dias muito chatos e só quem passa sabe. Mas graças a Deus passa... passou e hoje, apesar da Laura ser de um humor ímpar, ela está 100% sem birras e muito sociável/amável. Afinal, ela já está mocinha com seus 3 anos e 8 meses.
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